segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Começa a semana do Natal.Os cenários de Dickens,sobrepondo branco,verde e vermelho me aconchegam nesta época.Junto com este escritor,existe a recordação de algumas críticas e misérias humanas,como o medo.A posição fantasmagórica e sobrenatural carrega uma bagagem forte do homem enquanto Homem.Não estou aqui para falar do medo ou das faces do homem,mas do Natal.
Natal recorda brilho,união,Jesus,enfeites decorativos,perus e pernil assados.Do brilho subliminar ao consumo da carne,que alegra o Deus Sol como em Carnaval.Mesa farta de caráter meio ‘’italiano’’ presente na maioria do países americanos;ao Norte a imensa árvore de Natal anuncia o consumo enquanto as músicas tradicionais natalinas relaxam os corações palpitantes dos economistas.O muito e o pouco,o quase tudo e o quase nada.Ah,tenho memórias tão boas de um Natal distante!
A gente sempre tem alguma coisa para dar,o nada existe,condicionado.Se o Brasil nevasse todo,eu encontraria mendigos congelados e é bem capaz que acostumássemos com eles ali,como se fossem parte da cena.Porque o período nos assusta,porque somos medrosos diante da realidade.Pensaríamos no ‘’Lobo-mau’’do Natal ou no ‘’Chupa-cabra’’ do subúrbio,não vou mentir,sei que existem outros ‘’porém’’mas isso acontece.Posso muito bem humanizar realmente esses personagens,entretanto deixarei ao Dickens o papel de figurá-los de acordo com o temor de cada um.
Não devo esquecer dos terrores do capitalismo:álcool e drogas a quem não tem muito a oferecer.Nos sentimos ínfimos e novamente medrosos,pois tentamos ignorar o cérebro achando mais importante o material que um abraço oferecido.Achando o palpável interessante;só os fracos entendem que não,ou por mais que não se entenda,conhecem o desigual em uma raiva emocional sem precedentes(você não sente dor no dinheiro,sente no coração).
E assim,os fracos têm que ser mais forte que os fortes para inserir no organismo o amargo,muitas vezes de forma bruta,suicidando aos pouquinhos.Não iremos esquecer do prazer,sei que as coisas não são por aí,generalizar não é o caminho,ainda mais sem ter referência do que são os ‘’fracos’’,não sei se há um ponto de distinção.O prazer alguns só encontram no Natal;a maioria nunca encontrou de verdade.Desenhamos nossos vilões nas anestesias do sistema,para mim o maior está fora deles,enfim,ainda ganhamos presente,em geral não dão o ano todo.
Quero um abraço de presente,tenho medo que ele seja material.A você,
Mais um ‘’feliz’’ Natal.
@LaryGD

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